Nossa cultura e tradições camponesas são reconhecidas também no ambiente da Universidade graças a sua originalidade e importância. Isso porque ainda mantemos referências valiosas de identidade de uma época e de nosso povo.
Publicamos abaixo parte de texto realizado pelos estudiosos Manoel Hayne Pereira da UNESP - Rio Claro e Prof. Dr. Roberto Braga da UNESP - Rio Claro para o III Simpósio Nacional de Geografia Agrária – II Simpósio Internacional de Geografia Agrária. Jornada Ariovaldo Umbelino de Oliveira – Presidente Prudente.
O RURAL E O URBANO NO MUNICÍPIO DE MONTE SANTO-BA: RELAÇÕES ENTRE O SAGRADO E O PROFANO.
Introdução
A cidade de Monte Santo está localizada numa das regiões mais pobres do Brasil, no nordeste do estado Bahia, onde o abismo sócio-econômico, comparado às regiões mais ricas do país, acabou subsidiando uma verdadeira diáspora nordestina pelo Brasil.
No último quartel do século XVIII, as terras localizadas nos arredores do Piquaraçá, serra de formação quartzítica, receberam a visita do frei italiano Apolônio de Todi e dos beatos que o seguiam. Observando a paisagem do monte, o frei resolveu subir em procissão até seu cume, pois este lembrava o Monte das Oliveiras, símbolo cristão do calvário de Jesus Cristo. Durante a subida da serra, depararam-se com uma forte tempestade de ventos, porém, com as orações do grupo, a chuva cessou. Assim se registrou um milagre aos olhos dos fiéis, atraindo a atenção de muitas pessoas de regiões vizinhas. Com a ajuda dos beatos, Apolônio de Todi construiu a igreja da Santa Cruz, no ponto mais alto, o caminho de pedras que leva até ela, outra igreja no início da subida, e outras vinte três capelas que lembram a Paixão de Cristo. O povoado que ali passou a existir passou a ser chamado de Monte Santo.
Na última década do século XIX, Antônio Conselheiro por lá passou, atraindo fiéis que, depois, iriam integrar-se ao beato à construção do povoado de Canudos, e, por forças do Governo Republicano, seria dizimada. No entanto, antes deste evento ocorrer, Conselheiro e seus seguidores restaurariam o caminho do Monte Santo.
Atualmente, as preocupações a respeito da falta de identidade regional têm perpassado pelas discussões da Geografia Cultural, e fazem parte de nossas preocupações. Pretendemos colocar a relação de identidade regional que resiste entre o camponês, o vaqueiro e as festas religiosas, discutindo sobre a atual relação entre a sociedade de consumo e a gradual, mas não total, perda da identidade.(...)
Para ver o texto completo: http://www4.fct.unesp.br/nera/publicacoes/singa2005/Trabalhos/Artigos/Manoel%20Hayne%20Pereira.pdf
sábado, 8 de agosto de 2009
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Fico feliz que tenham encontrado o texto escrito por mim, e orientado pelo Prof. Dr. Roberto Braga. Monte Santo é uma cidade belíssima, cheia de cultura. Agradeço a todos de Monte Santo.
ResponderExcluirAbraços.
Manoel Hayne.